Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Fernando Diniz após CSA 0 x 0 Vasco
CSA 0 x 0 Vasco | Melhores momentos | Oitavas de final | Copa do Brasil 2025
O Vasco não conseguiu superar a retranca do CSA e ficou no empate sem gols, no primeiro jogo das oitavas de final da Copa do Brasil, realizado nesta quarta-feira, em Maceió. Ao fim da partida, o técnico Fernando Diniz analisou o desempenho de sua equipe.
- A produção ofensiva do time, eu gostei. Só não gostei do resultado e de a gente não fazer gol de novo. O resultado é positivo porque a gente não tomou gol.
— Acho que a gente ofereceu um pouco a mais de contra-ataque do que devia. Acho que minha maior irritação foi essa. Para jogar com um time assim tem que saber atacar, mas a primeira coisa é posicionar o time assim para não sofrer contra-ataque. Acho que nisso a gente pecou algumas vezes principalmente no primeiro tempo. Foi o que acabou amarelando o Maurício Lemos. Acho que o time tem que continuar produzindo para fazer gols. Era jogo para fazer dois gols no mínimo e sair com dois a zero. O CSA não teve nenhuma finalização dentro do gol — afirmou o técnico.
De fato, o Vasco foi bem superior no quesito finalizações. Foram dezenove da equipe carioca contra nove do time alagoano. Entre elas, uma chance clara desperdiçada por Vegetti em frente ao goleiro Gabriel Felix. O centroavante vem de uma sequência sem gols, mas continua com a confiança de Fernando Diniz.
— Acho que temos plano b, mas o plano principal é recuperar o Vegetti na questão de colocar a bola para dentro. A característica principal dele é fazer gol. E hoje ele está jogando em um time diferente das outras temporadas, que cria muito. Acredito muito no potencial nele. Tirando essa questão que ele não conseguiu fazer gol nos últimos jogos, na quantidade que gostaríamos, ele contribui em todas as fases do jogo.
O Vasco amarga uma sequência dura de seis jogos sem vencer, sendo quatro empates e duas derrotas.
Com o empate, as equipes decidirão a vaga na quinta-feira, 7 de agosto, em São Januário. Antes, no sábado, o Vasco enfrentará o Mirassol, no estádio Maião, pelo Brasileiro.
Veja outras respostas de Fernando Diniz:
Mais sobre o Vegetti
— Ele não é só um atacante que vai fazer o gol, ele contribui muito na parte tática, também. Ele tem minha confiança. Agora de plano B, poderia ter colocado outro jogador. Tinha o GB. Poderíamos jogar com falso 9, mas o Vegetti é um jogador que temos muita confiança nele. Ele precisa mais de confiança do que tirar ele do time.
Sobre o Nuno e o cansaço no jogo
— Ele tem como evoluir nessa questão. Ele não é acostumado à jogar como ele joga aqui no Brasil, nessa questão de viagens. O Nuno também não jogou em Portugal em times de primeiro escalão, que joga Campeonato Português, Champions League… então pra ele é uma novidade. É um processo de adaptação, mas é um jogador que tem feito boas partidas.
Expulsão do João Victor
— Acho que o juiz fez uma boa arbitragem. Acho que ele teve critério. E de onde estava, na minha visão, não tenho que questionar a expulsão. Acho que foi uma expulsão justa, coerente.
Sobre prioridade de campeonatos
— Eu não acho que o Vasco tem condições de priorizar nenhum campeonato nesse momento. Na condição que a gente está no Campeonato Brasileiro, a gente tem que priorizar o jogo do Mirassol. E depois do Mirassol, priorizar o CSA. A gente não tem nenhuma chance de colocar prioridade nessa etapa. Tem que fazer o melhor com os nossos jogadores hoje. Se lá na frente a gente conseguir pontuar bem no Brasileiro, tiver perto de alguma fase decisiva, e a gente achar que é importante poupar alguém…pode ser que aconteça. Mas nesse momento, não dá pra priorizar não.
Sobre a posição da CBF sobre a expulsão de Léo Jardim:
— Para falar a verdade, eu não acompanhei assim, não sei textualmente, vi meio por cima o que eles falaram. Existe uma certa interpretação do lado de fora que existe em alguns momentos um apelo populista de que existe muita cera e tal quando o goleiro cai, hoje caiu também. Provavelmente, não tinha nada e caiu. O que a gente questiona no caso específico do Léo Jardim é que ele pediu atendimento e não permitiram, não foi atendido e até foi constatada uma certa lesão. Não que aquilo fosse tirar ele do jogo, tanto que ele jogou hoje. Mas, se o juiz tivesse dado 12 minutos de acréscimo, estava no direito dele. Agora, a expulsão é inconcebível. Ele interpretou da maneira que quis. Teve um lance parecido com o Rochet que ele nem advertiu. O primeiro cartão que ele deu para o Jardim foi muito severo. Eu não sou um treinador que fica falando para goleiro fazer cera, todo mundo me conhece. Dificilmente, meu goleiro cai no chão. Dá para contar nos dedos comigo. Eu acho que está totalmente equivocada (a posição da CBF). Tem uma certa conduta, uma regra geral, um critério para ter igualdade no campeonato. E na minha carreira de treinador e de jogador, foi a primeira vez que eu vi. Se ele está certo, só nesse jogo e só contra o jogo. Isso que é meio que inaceitável. Quase certeza que não vão ter outras expulsões no campeonato. É muito subjetivo. Foi um erro meio grosseiro, na minha opinião, abriu um precedente. Em outros jogos, vão acontecer coisas parecidas. Hoje aconteceu.
Fonte: ge